Fortalecimento da agricultura familiar em Cerro Negro através de politicas publicas de segurança e soberania alimentar e nutricional.
Fortalecimento da agricultura familiar em Cerro Negro através de politicas publicas de segurança e soberania alimentar e nutricional.

 

No ultimo dia 18 de novembro, foi realizada reunião junto a grupos de agricultoras e agricultores em Cerro Negro. Em conjunto a Assistência Social do município, Cooperativa Ecoserra de Lages, Centro Vianei de Educação popular, para organizar os grupos para o chamamento publico para o PAB – Programa Alimenta Brasil, onde municípios e órgãos federais da administração podem comprar alimentos da agricultura familiar fazendo uso da dispensa de licitação.
O programa será executado na modalidade Compra com Doação Simultânea onde produtos adquiridos dos agricultores familiares são doados às pessoas em insegurança alimentar, por meio da rede de socioassistencial.
O Grupo de Mulheres do Cruzeirinho do Município de Cerro Negro, existe desde 2000, quando se encontravam informalmente para desenvolver trabalhos de crochê e reparo de roupas.
O grupo tem um histórico de parceria em trabalhos desenvolvidos junto ao Centro Vianei. Os produtos cultivados pela associação agora são entregues para o PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar e para o PAA – Programa de Aquisição de Alimentos, hoje chama-se PAB – Programa Alimenta Brasil, sendo que todos os alimentos são cultivados de forma agroecológica.
Segundo Dirlei Conceição Luiz, presidente da Associação Mulheres do Cruzeirinho, a estruturação do grupo e da produção gerou forte impacto nas famílias e na comunidade local. “O grupo está fortalecido, a alimentação das famílias é melhor, a renda aumentou, além de uma criar autonomia para as mulheres, ajudando no orçamento familiar.”
Com a possibilidade de renda através do PNAE e PAB (PAA), as mulheres da associação vêm se empenhando mais na produção e na estruturação e fortalecimento do grupo, as famílias da comunidade começam a se interessar por produção agroecológica, esse movimento traz credibilidade e eleva a auto estima das integrantes da associação, que sofriam certa descrença em relação à trabalhar agroecologia e ainda com isso gerar uma renda significativa à família.
Isso nos mostra a importância do trabalho através do associativismo e do fortalecimento e da construção das politicas publicas de soberania e segurança alimentar no combate a fome.

(por Carolina Couto Waltrich, técnica e educadora popular no Centro Vianei)
@misereor

Na imagem, Dirlei Conceição Luiz, presidenta da Associação Mulheres do Cruzeirinho e liderança local. Nilza Aparecida Luiz Antunes e Ivete Luiz da Rosa, cofundadoras da associação Mulheres do Cruzeirinho.